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domingo, 13 de junho de 2010

A FORÇA DO DINHEIRO, DO PODER E DO POVO NAS URNAS

Este ano as eleições gerais em todo Brasil traz uma particularidade muito interessante para o Piauí e promete ao final responder perguntas que serpenteiam as conversas sobre política por todo o estado. Três pré-candidatos estão postos para a vaga de governador: o senador João Vicente Claudino, o governador Wilson Martins e o ex-prefeito de Teresina Sílvio Mendes.

João Vicente Claudino, cria do maior império financeiro do Piauí, segundo colocado nas pesquisas de intenção de votos, diz-se que aposta na força do poder econômico. O governador Wilson Martins, de caneta na mão é o “lanterna” nas pesquisas. Ele articula-se com o maior número possível de partidos e utiliza-se do poder para cortejar lideranças sequiosas por cargos no aceiro do governo, formando alianças de cúpula. Sílvio Mendes, ex-prefeito de Teresina, representante da oposição, é a imagem do caminhante pelas ruas das cidades conversando com as pessoas e com elas formando seu exército. Sílvio há mais de um ano ocupa o primeiro lugar em todos os institutos de opinião. Quem vai vencer a corrida ao Palácio de Karnak? O dinheiro, o poder ou o Povo? Que força verdadeiramente tem cada um desses fatores na hora do voto cair na urna?

É fato que vivemos no estado mais pobre da federação, é certo que para quem se dispõe a oferecer dinheiro em troca de votos vai encontrar procuradores de milhares de fazendas com currais apinhados sem precisar andar muito. Não se ouve “não” quando se pede votos com as mãos cheias de dinheiro. Mas será mesmo esta a regra? Quem compra de fato leva a mercadoria prá urna? Acreditar que sim é dizer que o voto é algo muito simples e que depende de simples fatores. Acreditar que não é imaginar que o voto é um conjunto de muitas variáveis e que pode surgir e desaparecer por milhares de razões distintas.

Nas eleições de 1986, 1994 e 2002, para citar somente os três últimos casos, (ciclos de oito anos) cenários muito semelhantes ao de hoje foram formados e o dinheiro e o poder não foram capazes de estancar a força popular que veio como uma onda e foram eleitos Alberto Silva, Mão Santa e Wellington Dias, respectivamente. Os impérios políticos arruinados nas três eleições atiraram com grosso calibre de dinheiro e de poder, mas alguma coisa deu errada. Um sentimento, uma vontade, um desejo incontrolável e inexplicável decidiram aquelas eleições. Supõe-se que com o dinheiro no bolso, o voto secreto e a cabina indevassável, a infidelidade galopeia. Ao que parece é nessa hora que um silencioso e imutável desejo faz soberano os comuns cidadãos.

À pré-candidatura do ex-prefeito Silvio Mendes atribui-se como aliados os bons resultados de sua administração na capital, o estilo sereno e conciliador, as suas colocações simples e práticas e o seu discurso pouco convencional. O sucesso administrativo e político de Teresina vão cada dia mais longe por todo o estado se refletindo nos índices estatísticos positivos a seu favor numa linha ascendente.

O senador João Vicente Claudino é dono do maior índice de rejeição entre os três pré-candidatos, ouve-se que insufla em tempos de pré-convenções e de composições os caciques viciados acenando com o seu arsenal financeiro de limites inimagináveis; há quem diga que quer que o seu dinheiro seja capaz de comprar tudo.

Wilson Martins atira com pólvora farta, não se atem à mira e faz a dança do poder sedutor. Ele acende a fogueira das vaidades com a promessa de cargos amanhã em troca de votos hoje. Herdou um governo imerso em escândalos e quer sair da vexatória última colocação nas pesquisas. O dinheiro ou poder ou a voz do povo, em outubro próximo, dará a melhor resposta.

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